Everything is about Wall Street.

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This publication was also writen in SPANISH and PORTUGUESE.

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Variety

Recently I was reading an interview (which, by the way, is great and very insightful) with filmmaker Denis Villeneuve in which he makes a very incisive critique about the future of American cinema, especially in this more current scenario. Basically, he says that there is a strong creative restriction for filmmakers who are not yet so influential, where there are very restricted levels of “freedom” that are controlled, often nullifying the original ideas of their directors.

Furthermore, he mentions a fact that I personally had noticed for a long time: the interest of studios (especially the biggest and most popular ones) in focusing only on the profit that movies can generate, and not on their quality. Everything seems to be about sequels and franchises, with no room to strengthen the development and production of original movies, because products with original ideas that are not sequels or franchises will fail inevitably, at any cost.

Where is the freedom of expression to create challenging narratives? Where is the courage to invest in unconventional projects? Where is the courage to think outside the box? There are so many filmmakers around the world who have a completely new universe in their minds, but who unfortunately don't have the support (or the money) necessary to turn their respective ideals into realities. Without boldness and originality, cinema will eventually fail at even more alarming levels.

In fact, I completely agree with everything that Villeneuve said in this interview and I even think that he may have put his own career at risk from now on, even though he is such a competent filmmaker. However, I admire the fact that he is a professional who has the courage to face the industry head on, with firm positions in the face of a situation that is more than evident, because what has been done by American cinema over these years is shameful.

Honestly, I really wish other great filmmakers who were more influential than them would say more things like this and create a kind of “chain” to make studios understand that cinema, first and foremost, is about making art and not about feeding their coffers with a lot of money. The analogy made by Villeneuve was intelligent, very acidic and without mentioning any name, he still managed to stir up a dangerous hornet's nest. A very courageous attitude.


Todo gira en torno a Wall Street.

Hace poco estaba leyendo una entrevista (que, por cierto, es genial y muy reveladora) al cineasta Denis Villeneuve en la que hace una crítica muy incisiva sobre el futuro del cine americano, especialmente en este escenario más actual. Básicamente, dice que existe una fuerte restricción creativa para los cineastas que aún no son tan influyentes, donde hay niveles muy restringidos de “libertad” que se controlan, anulando muchas veces las ideas originales de sus directores.

Además, menciona un hecho que yo personalmente había notado desde hacía mucho tiempo: el interés de los estudios (especialmente los más grandes y populares) en centrarse sólo en el beneficio que las películas pueden generar, y no en su calidad. Todo parece girar en secuelas y franquicias, sin espacio para fortalecer el desarrollo y producción de películas originales, porque los productos con ideas originales que no sean secuelas o franquicias fracasarán inevitablemente, a cualquier precio.

De hecho, estoy completamente de acuerdo con todo lo que Villeneuve dijo en esta entrevista e incluso pienso que puede haber puesto en riesgo su propia carrera a partir de ahora, a pesar de ser un cineasta tan competente. Sin embargo, admiro que sea un profesional que tiene el coraje de enfrentarse a la industria de frente, con posiciones firmes ante una situación que es más que evidente, porque es vergonzoso lo que ha hecho el cine americano durante estos años.

¿Dónde está la libertad de expresión para crear narrativas desafiantes? ¿Dónde está el coraje de invertir en proyectos no convencionales? ¿Dónde está el coraje para pensar fuera de lo común? Hay tantos cineastas en todo el mundo que tienen un universo completamente nuevo en mente, pero que lamentablemente no cuentan con el apoyo (o el dinero) necesario para convertir sus respectivos ideales en realidades. Sin audacia y originalidad, el cine acabará fracasando a niveles aún más alarmantes.

Honestamente, yo desearía que otros grandes cineastas que fueron más influyentes que ellos dijeran más cosas como esta y crearan una especie de “cadena” para hacer entender a los estudios que el cine, ante todo, se trata de hacer arte y no de alimentar sus arcas con mucho dinero dinero. La analogía que hizo Villeneuve fue inteligente, muy ácida y sin mencionar ningún nombre, aun así logró remover un peligroso avispero. Una actitud muy valiente.


Tudo é sobre Wall Street.

Recentemente eu estava lendo uma entrevista (que aliás, é ótima e muito perspicaz) do cineasta Denis Villeneuve em que ele faz uma crítica bem contundente sobre o futuro do cinema americano, especialmente neste cenário mais atual. Basicamente, ele diz que há uma forte restrição criativa para cineastas que ainda não são tão influentes, onde há níveis de “liberdades” muito restritos e que são controlados, anulando muitas vezes as ideias originais dos seus realizadores.

Além disso ele menciona um fato que eu particularmente já vinha percebendo há muito tempo: o interesse de estúdios (especialmente os maiores e mais populares) em focar apenas no lucro que os filmes podem gerar, e não na qualidade dos mesmos. Tudo parece ser sobre sequências e franquias, não havendo espaço para fortalecer o desenvolvimento e à produção de filmes originais, porque produtos com ideias originais que não são sequências ou franquias vão fracassar inevitávelmente, a qualquer custo.

Onde fica a liberdade de expressão para criar narrativas desafiadoras? Onde fica a coragem para apostar em projetos não convencionais? Onde fica a coragem de pensar fora da caixa? Há tantos cineastas ao redor do mundo que tem um universo completamente novo em suas mentes, mas que infelizmente não o apoio (e nem o dinheiro) necessário para transformar suas respectivas ideais em realidades. Sem ousadia e originalidade, o cinema eventualmente irá fracassar em níveis ainda mais alarmantes.

De fato, eu concordo demais tudo o que é dito pelo Villeneuve nesta entrevista e acho até que pode ter colocado à sua própria carreira em risco a partir de agora, mesmo sendo um cineasta tão competente. No entanto, eu admiro o fato dele ser um profissional que tem coragem de encarar a indústria de frente, com posicionamentos firmes diante a uma situação que é mais do que evidente, porque é vergonhoso o que é feito pelo cinema americano ao longo destes anos.

Sinceramente, eu queria muito que outros grandes cineastas mais influentes do que ele falassem mais coisas assim e criassem uma espécie de “corrente” para fazer os estúdios entenderem que cinema, antes de mais nada, é sobre fazer arte e não sobre alimentar seus cofres com muito dinheiro. A analogia feita pelo Villeneuve foi inteligente, bem ácida e sem fazer menção a nenhum nome, ele ainda conseguiu mexer em um vespeiro perigoso. Uma atitude bem corajosa.

Posted Using InLeo Alpha



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